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  Toxicocinética

 

     Apesar do nome, o gás mostarda é um líquido viscoso que rapidamente penetra a pele devido à lipofilia das membranas celulares. A maior parte do líquido que entra em contato com a pele evapora (80%), e da fração que consegue penetrar a pele, metade é fixada e a outra metade é absorvida sistemicamente pelo que consegue distribuir-se por todo o organismo. Os órgãos mais afetados são as regiões correspondentes às mucosas, uma vez que se encontram a temperaturas mais elevadas e com maior teor de humidade. Os locais mais afetados são os olhos, pele e trato respiratório. Por fim, o composto pode ser eliminada através da libertação dos seus metabolitos por via urinária.

 

 

   Hidrólise

 

     A reação de hidrólise é um dos principais mecanismos de destoxificação do gás mostarda no organismo, uma vez que esta pode ocorrer na presença de água, iões hidroxilo ou outros nucleófilos. Inicialmente, forma-se um catião sulfónio cíclico que reage com agentes nucleofílicos. O produto predominante é o tiodiglicol que pode reagir com outros iões sulfónios dando origem a intermediários secundários.

   Torna-se muito importante a procura de formas de eliminação do gás mostarda da atmosfera através de mecanismos de destoxificação e assim prevenir casos graves de intoxicação em situações terroristas. Estas tecnologias de descontaminação devem ser rápidas, eficazes e seguras de forma a manter a segurança das pessoas envolvidas nestas situações. A descontaminação dos agentes químicos tem-se baseado nas reações de substituição e de oxidação.

 

 

    A reação de oxidação provou ser outro método eficaz de destoxificação do gás mostarda. Para esta reação pode utilizar-se reagentes como o permanganato de potássio e vários compostos peroxigenados. Mais recentemente demonstrou-se que a reação entre o peróxido de hidrogénio e os iões bicarbonato eram bastante eficazes na promoção da oxidação da mostarda sulfurada, através da seguinte reação:

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