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Inibidores das Proteases

 

 

 

    Tanto as serinoproteases como as metaloproteases da matriz (MMPs) estão envolvidas nos processos mediados pela intoxicação com gás mostarda, nomeadamente no mecanismo de formação de vesiculas.

       As metaloproteinases da matriz são responsáveis pela degradação das proteínas da matriz extracelular, contribuindo para o recrutamento das células inflamatórias, lesão tecidular e fibrose. A sua expressão aumenta 6 horas após a exposição ao gás mostarda e é dependente da dose e persiste até 24 horas. 

 

     A aprotinina (inibidor da serino-protease) ou o ilomasat (inibidor não seletivo da MMP) quando administrados antes da exposição ao gás mostarda demonstram melhoria da função pulmonar, quando quantificada 24h após exposição em ratos. Aprotinina reduz o aumento de IL-1α, IL-13, proteínas totais e inflamação pulmonar.

 

    O uso de epigalocatequina (antagonista da MMPs e antioxidante) não demonstrou a atividade profilática tão elevada. Por outro lado, a doxiciclina (inibidor não seletivo das MMPS), apresentou atividade semelhante à aprotinina e ao ilosomat, com a vantagem de também inibir a iNOS e consequentemente a produção de óxido nítrico.

 

   Assim, os efeitos benéficos de todos estes fármacos (aprotinina, ilomastat, e doxiciclina) podem resultar da sua atividade não seletiva e não exclusivamente da inibição da MMP. Este conjunto, os inibidores da protease parecem ser candidatos promissores para a terapêutica da intoxicação pelo gás mostarda.

 

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Autores:

Ana Carvalhido 

Marta Costa M

Melodie Carvalho 

 

Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Toxicologia Mecanística no ano lectivo 2013/2014 do Curso de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP). Este trabalho tem a responsabilidade pedagógica e científica do Prof. Doutor Fernando Remião (remiao@ff.up.pt) do Laboaratório de Toxicologia da FFUP (www.ff.up.pt/toxicologia/)

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